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segunda-feira, 12 de julho de 2010

O Hip Hop e a Cidade



Embora a cidade não inclua estes artistas em seus cálculos, o movimento desta cultura vai cutucando a percepção desta cidade, mostrando a ela que esta cultura de rua também conta e, à sua maneira, se comunica através de uma linguagem rebelde que resiste aos imperialismos da cultura dominante. Se alguns fundamentalistas insistem em ignorar a invasão do simbolismo do Hip Hop na cidade, visualmente esta invasão já não pode mais ser ignorada. Nos esbarramos com seus signos, em nossa própria família, nas esquinas das ruas e nas mídias e de uma forma ou de outra entramos em contato com esta manifestação.
Os daçarinos do Hip Hop passaram a dançar não mais em espaços de periferia - em guetos - mas nos centros urbanos de lazer e cultura e também em espaços próximos aos centros de poder político. Em Campinas, por exemplo, um grupo de jovens Breakers dança e treina suas habilidades em frente ao Paço Municipal; em Rio Claro, o ponto de encontro dos jovens é no coreto da praça central da cidade e em São Paulo o centro sagrado dos breakers fica bem próximo ao coração comercial popular da cidade, na Praça São Bento.
Do artigo 'A Dança Break: corpos e sentidos em movimento no Hip Hop' por Flávio Soares Alves e Romualdo Dias; interpretação de Gledson Pagung.

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