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domingo, 4 de julho de 2010

B-boy :: Vivências através da experimentação na cultura Hip Hop ::



O que pode o corpo na experimentação estética? No improviso de um B-boy o corpo é a própria obra e a arte é a própria vida e, neste binômio arte-vida, a subjetividade se faz nômade e o momento do Racha (ou duelo) se confunde com os desafios da vida. Neste eterno racha entre o jovem e o mundo, a arte re-significa a vida e garante sentidos à existência, portanto o jovem só sente a vida neste processo de re-significação do legado histórico. Do contrário, a história perde o sentido e vira produto de consumo e a arte, por consequência, também vira mercadoria.
Vivenciamos tal experiência através do Projeto Arena da Liberdade. Em meio ao sufoco causado pelas exigências sociais, às injustiças e à desigualdade e à indiferença, um grito banhado por histórias anônimas emerge reinvindicando ser ouvida.
Entre o ser e o não ser, uma corda bamba estende o caminho da vida. Neste trajeto, só se alcança a outra ponta, no processo de 'estar sendo' a cada passo do caminho. A habilidade de se equilibrar, pé ante pé sobre a corda, traz o gozo da liberdade, no qual o sujeito traça sua própria sorte. O mais emocionante não é alcançar o outro lado, mas se aventurar neste desafio de se equilibrar. De surpreender a cada arriscado powermove, a cada inusitado freeze. Neste processo somos orientados no caminho da evolução e não da regressão, por isto que a motivação só se justifica quando quer atender a algo proximal, ainda não alcançado, mas que está sempre adiante das possibilidades reais. A subjetividade vivenciada no Hip Hop, garante a mobilização de outros modos de ser da juventude urbana, mosrando à sociedade outros poderes, outros sentidos da existência.

Baseado no artigo "A dança Break: corpos e sentidos em movimento no Hip-Hop", por Flávio Soares e Romualdo Dias, transcrito por Gledson Pagung

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